sexta-feira, 7 de setembro de 2012

A lenda dos Vampiros



 Segundo a lenda, um vampiro é um ser mitológico que vive nas trevas e se alimenta de sangue humano. Seres que saem de seus túmulos à noite para sugar o sangue dos vivos em seus pescoços e depois voltam alimentados, reenergizados e felizes para suas tumbas. Os vampiros mais famosos são Drácula de Bram Stoker, Lestat e Nosferatu. Esses são vampiros lendários que apareceram na literatura de muitos países da Europa, na mitologia da Suméria, Mesopotâmia e no antigo Oriente. 

Na Teosofia e no Espiritismo aprendemos que vampiros são formas astrais, que podem ser os corpos de pessoas vivas ou que já morreram, que extraem força e vitalidade dos menos avisados. 

No entanto, agora vou caminhar em um terreno quase assustador, ao menos intrigante, que é a mente perigosa de vampiros vivos, que estão entre nós, bem mais perto do que imaginamos. Eles são os chamados psicopatas. 

A palavra psicopata significa "doença da mente" (do grego, psyche=mente e pathos=doença). Mas nos termos da psiquiatria, a psicopatia não é considerada uma doença mental, pois essas pessoas não apresentam nenhum sofrimento mental, nem sofrem de alucinações ou qualquer tipo de desorientação. Possuem sim, um raciocínio frio e calculista, unido à total falta de contato com qualquer emoção ou sentimento de compaixão ou generosidade. Em geral os psicopatas são frios, calculistas, manipuladores, controladores e mentem como ninguém, sem nenhuma culpa. Não vamos nos esquecer de sua principal habilidade que é a capacidade de seduzir. Algo familiar na descrição? Para quem não possui uma pessoa com essas características dentro do seu círculo de amizade ou familiar, basta acompanhar o desenvolvimento de Yvone, a personagem de Letícia Sabatella na novela da Globo Caminho das Índias. Ela manipulou Raul, interpretado por Alexandre Borges, a ponto de fazê-lo simular a própria morte.

São raras as pessoas que nunca caíram em armadilhas de um psicopata. O jogo principal dessas pessoas é arrancar do outro aquilo que necessitam no momento, atropelando tudo e todos com total indiferença, numa busca de poder e autopromoção. Os psicopatas sabem exatamente o que estão fazendo, têm total ciência de seus atos e não sentem nenhum remorso por qualquer um deles. Estamos acostumados aos psicopatas que Hollywood nos traz como criminosos ou assassinos em série. Mas tudo depende do grau de psicopatia, pois existe a baixa, a moderada e a grave. E assim como os vampiros dos filmes que estamos acostumados a ver nas telas de cinema, os psicopatas estão sempre de olho em sua próxima vítima que normalmente são pessoas generosas, compassivas e ingênuas. 

Os psicopatas são os vampiros modernos de nossa sociedade que a cada dia que passa perde um pouco mais de seus valores éticos e morais. Uma sociedade onde a vida e a violência são diariamente banalizadas, onde a imagem social e o status medem a importância de cada ser humano. Uma sociedade criadora, por um lado, de psicopatas e por outro de pessoas de boa índole, assustadas e cada vez mais fechadas por não saberem em quem confiar. Afinal, em quem podemos confiar? Infelizmente não existe uma regra básica que nos responda essa questão. A única coisa que devemos ter em mente é que existem pessoas más, que a maldade é uma realidade entre nós. 



Há uma boa notícia, a maioria de nós não apresenta sinais de psicopatia. No entanto, existe uma cultura que se desenvolve e se fortalece todos os dias que é o culto à "esperteza", que pode levar os mais fracos a uma atitude de frieza e descaso com os sentimentos alheios. Vale refletir sobre nossas atitudes, as atitudes de nossos filhos e ficarmos de olhos bem abertos. O mal não pode e não deve ser banalizado, pois isso permite e dá livre acesso à ação de espíritos humanos desprovidos de compaixão e ética humana. Vale, mais uma vez, nos unirmos a energias superiores para o trabalho de expansão de nossas mentes e consciência, pois certamente por meio dessa atitude aprenderemos e desenvolveremos cada vez mais o amor, a compassividade e a solidariedade. E o principal, reaprenderemos a nos dar, a confiar e a amar. 

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